sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONJUNÇÕES


   
  Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

   Conjunções Coordenativas
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:
 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda .
Por exemplo:

A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas:mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Por exemplo:

Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez.
Por exemplo:
             Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
                       Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.
Por exemplo:
                            Não demore, que o filme já vai começar.

  Saiba que:
a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quandosão adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:

Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".
Por exemplo:
        Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:

Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:

Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence.
Por exemplo:

Não tenha receio, pois eu a protegerei.

Conjunções Subordinativas
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.

O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:
1. Integrantes
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
Por exemplo:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.
Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
Por exemplo:
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas:conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.
Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc.
Por exemplo:

O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
Quanto mais reclamava menos atenção recebia.

Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que.
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.
Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ele é preguiçoso tal como o irmão.

i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
A dor era tanta que a moça desmaiou.

CONJUNÇÕES


         
              Conjunção é a palavra invariável que relaciona termos de uma oração ou que liga orações ou termos de mesma função sintática. As conjunções estão classificadas do seguinte modo:
   - Coordenativas: são as que ligam termos da oração ou orações independentes. Podem ser:
     Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda.

Exemplo: Ela tem o maior colégio e o maior cursinho do Brasil.
    Adversativas: mas, contudo, porém, todavia, entretanto.
Exemplo: A noite estava chuvosa, mas  a moça foi à festa.
   Alternativas: ou, ou… ou, já… já, quer… quer, ora… ora.
Exemplo: Ou tudo se resolve, ou não nos casaremos mais.
  Conclusivas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (proposto ao verbo).
Exemplo: O professor não compareceu à reunião, portanto perdeu a classe.
  Explicativas: pois (anteposto ao verbo), que, portanto, porque.
Exemplo: Seja rápido, porque não temos muito tempo.

  - Subordinativas: são as conjunções que ligam orações sintaticamente dependentes, uma oração principal a uma oração subordinada. Podem ser:

    Integrantes: que, se.
Exemplo: Espero que se restabeleça rápido.

   Causais:  provocam um determinado fato. As principais conjunções são: porque, como, pois que, já que, uma vez que, visto que. Observação: quando a oração subordinada vier antes da principal. Ou seja, numa ordem indireta, será obrigatório o uso da vírgula.

Exemplo: A Marginal foi alagada porque o rio Tietê transbordou.
    Comparativas: comparam um fato mencionado na oração principal. As principais conjunções são: como, tão… como (quanto), menor (do) que etc.

Exemplo: O Brasil é tão rico quanto os outros países.
   Concessivas: admitem um fato contrário à oração principal. As principais conjunções são: embora, conquanto, ainda que, ainda quando, se bem que etc.
Exemplo: Não a aceitou como mulher, se bem que a amasse.
   Condicionais: exprimem condições ou hipóteses necessárias para que se realize algo mencionado na oração principal. As principais conjunções são: se, caso, contanto que, exceto se, a menos que etc.
Exemplo: Iremos ao campo, se a sala cooperar.

   Conformativas: exprimem fatos que estão de acordo com o que foi colocado na oração principal. As principais conjunções são: conforme, como, consoante e segundo.

Exemplo: A viagem foi feita conforme combinamos.

   Consecutivas: exprimem uma conseqüência daquilo que foi declarado na oração principal. As principais conjunções são: tanto… que, tão… que, que, de forma que, tanto que etc.

Exemplo: A falta de honestidade foi tão grande que as escolas públicas ficaram sem verbas
   Finais: indicam uma finalidade do que se declarou na oração principal. As principais conjunções são: a fim de que, para que, porque.
Exemplo: Ela fez tudo para que eu fosse despedido.
   Proporcionais: estabelecem relações de proporção de acordo com o que acontece na oração principal. As principais conjunções são: à proporção que, à medida que, ao passo que, enquanto, quanto mais… mais etc.
Exemplo: Quanto mais andava, mais eu me distanciava da aldeia.

  Temporais: indicam uma circunstância de tempo. As principais conjunções são: quando, enquanto, assim que, logo que, desde que etc.

Exemplo: Minha vida perdeu algo, desde que meu pai se foi.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O que são Figuras de Linguagem:


   As figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida. É muito importante saber identificar as diversas figuras de linguagem, porque desta forma é possível compreender melhor diferentes textos. Compreender e saber usar figuras de estilo nos capacita a usar de forma mais eficaz a linguagem como fenômeno social e nos ajuda a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras escritas.
    Algumas mais usadas podem ser divididas em:
     Figuras de Palavras
     Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: a perna dos óculos.

    Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: A menina é uma flor.
    Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar uma característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, assim, etc). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente."
   Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: Beber um copo de vinho.
    Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: trrrimmmmm (telefone)
   Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.:Cidade Luz (Paris)
   Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: o doce som da flauta

  Figuras de Pensamento
  Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau

 Paradoxo: referente a duas idéias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor."
  Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: Foi para o céu (morreu)
   Hipérbole: exagero intencional. Ex.: morto de sono
  Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)
   Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: O sol está tímido.

    Figuras de Construção


    Aliteração: repetição de um determinado som nos versos ou frases. Ex: o rato roeu a roupa...
    Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: O homem, não sei o que pretendia.
  Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noiteNoite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de Andrade)
   Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há)
   Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima
  Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “nem o céu,nem o mar, nem o brilho das estrelas”
   Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão.

O que é Linguagem:


         Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais.
       Linguística é o nome da ciência que se dedica ao estudo da linguagem.
      Na linguagem do cotidiano, o homem faz uso da linguagem verbal e não-verbal para se comunicar. A linguagem verbal integra a fala e a escrita (diálogo, informações no rádio, televisão ou imprensa, etc.). Todos os outros recursos de comunicação como imagens, desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz, etc., fazem parte da linguagem não-verbal.
     A linguagem corporal é um tipo de linguagem não-verbal, pois determinados movimentos corporais podem transmitir mensagens e intenções. Dentro dessa categoria existe a linguagem gestual, um sistema de gestos e movimentos cujo significado se fixa por convenção, e é usada na comunicação de pessoas com deficiências na fala e/ou audição.
     Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal ao mesmo tempo. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.
    Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a linguagem formal (produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão, por exemplo, salas de aula ou reuniões de trabalho) ou informal (usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais).
     As linguagens artificiais (que são criadas para servirem a um fim específico, por exemplo, a lógica matemática ou a informática) também são designadas por linguagens formais. A linguagem de programação de computadores é uma linguagem formal que consiste na criação de códigos e regras específicas que processam instruções para computadores.

O que são Funções da Linguagem:


       As funções da linguagem são as finalidades dos elementos presentes nos atos de comunicação verbal.      

        Inicialmente, é importante saber quais são esses elementos:

  1. Emissor - quem emite a mensagem.
  2. Receptor – quem recebe a mensagem, o destinatário.
  3. Contexto – situação a que a mensagem se refere (também designado por referente).
  4. Código – combinação de signos e linguagem usados na transmissão de uma mensagem. Pode ser a língua, oral ou escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.
  5. Canal de Comunicação – meio por onde circula a mensagem.
  6. Mensagem – conjunto de informações transmitidas, o conteúdo.
       A partir desses seis elementos de comunicação, o linguista russo Roman Jakobson elaborou as funções da linguagem correspondentes.
     Uma mesma frase ou texto pode conter mais que uma função da linguagem, no entanto, há sempre uma função que predomina.
1. Função Emotiva: A linguagem evidencia preferencialmente o emissor. Há uma predominância do "EU" (opiniões, atitudes e relatos pessoais), subjetividade e outras características próprias do autor. Exemplos: cartas, diários pessoais, etc.
2. Função Apelativa (ou Conativa): Ênfase da linguagem no receptor. Há uma tentativa de persuadir, influenciar e convencer destinatário através de apelos diretos ou indiretos. Exemplos: discurso político ou publicitário.
3. Função Referencial (Denotativa ou Informativa): Evidência da linguagem no contexto, no referente, nos dados da realidade. A informação é transmitida de forma objetiva, clara e impessoal. Exemplos: textos jornalísticos, teses, artigos científicos.
4. Função Metalinguística: Ênfase no código, ou seja, quando a linguagem explica ou fala de si própria. Exemplos: gramáticas, dicionários, a disciplina de Língua Portuguesa, um poema que fala sobre poema.
5. Função Fática: Incidência da linguagem no canal de comunicação com o objetivo de confirmar a eficácia da comunicação . Exemplos: “alô”, “entende?”, “OK”, etc.
6. Função Poética: A linguagem incide na elaboração da mensagem, evidenciando a sonoridade das palavras ou o impacto visual. Exemplos: textos publicitários, poesia, provérbios, músicas, trava-línguas, trocadilhos, etc.